Em tom de despedida presidente fala da sua gestão

"Valeu cada momento. O bcr do Paraná sai vitorioso"

Toda história começou num bate papo informal com o Nelson, de Foz do Iguaçu, nos Parajap's de 2012, do lado de fora do ginásio de esportes da UEL, de Londrina. Precisávamos de uma federação atuante, que organizasse campeonatos oficiais, e mais do que isso, precisavamos da estruturação da modalidade. Em pouco mais de dois meses tudo estava encaminhado, e a Federação promovia sua primeira eleição desde 2006, quando foi criada. O discursso inicial era o de priorizar a realização de campeonatos, adaptando a realidade financeira das equipes, e não esquecendo que seria jogar o máximo possível. Além disso, precisávamos criar nossa identidade, capacitando árbitros e treinadores, e mudando a visão do jogo dos atletas paranaenses. Com a ajuda incondicional das cidades que possuem basquete em cadeira de rodas promovemos cursos para formação de árbitros, e trouxemos técnicos renomados para qualificar os treinadores. 

Os campeonatos iniciaram, e cobramos postura dos participantes, dentro e fora da quadra. Era preciso ver o basquete em cadeira de rodas como um verdadeiro esporte, como uma competição levada a sério, e não como um encontro de pobres e coitados deficientes físicos. A mesma seriedade foi cobrada também de árbitros e treinadores. É claro, não tivemos 100% de adesão, mas quem brincou com nossa modalidade ficou para trás, ou perdeu conceito. Fui pixado por alguns, que acreditavam que eu estava tomando proveito de ser o presidente da Federação para favorecer a equipe dos Tubarões/MM, a qual sou o treinador. A resposta veio de dentro da quadra, cesta a cesta, onde minha equipe, assim como as demais, mostraram evolução constante, promovendo jogos espetaculares. As finais do paranaense deste ano são prova disso. Venceu o bcr, venceu aquele que foi melhor em momentos decisivos. Este é o espírito.

Sobre a gestão, agradeço muito aos amigos e companheiros Nivaldo Menin, vice-presidente, Nelson, Waner, Dirceu, Bety, Carlos Avelar, Darlan, Bruna(s), Décio, Adair, Pollyana, Rodrigo, Lucas Borges, André Cunha, Eberson, Josias, Bruna, Emanuel e Narnian, pessoas que foram importantíssimas no processo de consolidação da nossa entidade. Houveram divergências? Com certeza, mas elas foram em prol do crescimento. A missão foi cumprida? Não, pois ela é contínua. A gestão foi perfeita? Não, mas ela efetivamente aconteceu, e certamente vejo muito mais pontos positivos do que negativos. Me despeço do meu mandato com a certeza de que sonhos estaõ se concretizando, e que nosso estado caminha num rumo positivo para o sucesso. Tubarões e Fênix disputaram competições nacionais, promovidas pela CBBC, entidade maior do basquete em cadeira de rodas do país, que até esboçou uma aproximação com nosso estado em 2012, mas, que depois disso sumiu do mapa. Aprendi e vou continuar aprendendo com todos. Me trouxe um crescimento enorme em todos os momentos, mas agora é hora da renovação. Pelo bem da nossa modalidade, é necessário entrar na presidência pensamentos e atitudes novas. A palavra renovação cria uma boa expectativa, e é assim que vejo nossos futuros gestores. 

Peço desculpas por situações mal resolvidas, e agradeço todas as felicitações recebidas durante meu último campeonato em Maringá. O reconhecimento vale muito mais do que o dinheiro, e tenho certeza que deixo um legado para o basquete em cadeira de rodas do Paraná e do Brasil. Fiquem com Deus. Que o natal traga a renovação do espírito de todos. Que nossos corações possam se abrir para o amor, para a solidariedade e para as boas ações. Desejo um 2017 de muito sucesso e bola na rede. 

Ben Hur Chiconato