terça-feira, 19 de maio de 2015

BCR em decadência

Em se confirmando a notícia postada pela atleta de Brusque, Gevelyn Almeida, o basquete em cadeira de rodas do Brasil dá um grande passo para trás em relação a sua evolução. Segundo ela, a Confederação Brasileira de Basquete em Cadeira de Rodas (CBBC) extinguirá os Torneios Regionais e o Campeonato Brasileiro da Divisão de Acesso, criando as Conferências Regionais. O Paraná ficaria na Liga Sul, Sudeste e Centro Oeste. O modelo desta competição não foi descrito, mas existem muitas dúvidas de como um time que tenha intenção de disputar uma 3a. Divisão do Campeonato Brasileiro deverá proceder. 

As competições regionais são uma forma de intercâmbio e disseminação do basquete em cadeira de rodas. No sul do Brasil, até 2013, disputavam a competição Caxias do Sul, Brusque, Balneáreo Camboriú, Concórdia, Joinville, dois times de Florianópolis, Curitiba e Ponta Grossa. Times da 1a, 2a,, 3a. divisão e não ranqueados jogavam entre sí, tendo a oportunidade de obter uma referência diferente do jogo propriamente dito. Em 2014 a CBBC tirou da competição os times que disputam as três divisões do brasileiro, deixando somente os não ranqueados. Somente Brusque, Ponta Grossa e Concórdia participaram.

Partindo da premissa de que da quantidade se tira a qualidade, o basquete em cadeira de rodas do Brasil tem tudo para decair nos próximos anos, pois o número de competições diminui a cada dia, e os times novos, ou com maiores pretensões, não se vem animados a disputar torneios, que são caríssimos, e com poucos jogos. A única razão para tal decisão seria a limitação financeira, pois a a decisão técnica não tem recebido elogios de atletas e vários técnicos do Brasil. Mesmo assim, a CBBC, entidade maior do basquete em cadeira de rodas do país, poderia desenvolver e buscar mais recursos, para pelo menos, manter o que era uma forma de motivação para os times quererem algo mais, além de um campeonato estadual. Diga-se de passagem, em vários estados existem poucos times, pouco intercâmbio, e qualidade limitada dos jogadores. Tudo por falta de uma maior intercâmbio.

É preciso repensar, e mais do que isso, saber porque está faltando tanto dinheiro para o BCR, ou para a entidade que defende seus interesses. 

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