Dos 28 jogos previstos para a primeira fase do Campeonato Paranaense 14 foram realizados no último final de semana na cidade de Cascavel. A equipe do oeste do estado assumiu a ponta da tabela, e praticamente já assegurou vaga entre os quatro times que vão brigar pelo título da Divisão A. Para tal projeção a análise é simples. Cascavel/Unimed/APAC venceu times tradicionais e que vem figurando na lista dos quatro melhores times do estado nos últimos anos, como Duque/Fênix, Tubarões/MM, UDF/Harpia da Fronteira e Kings/Sicob/Maringá. A próxima etapa da competição acontece entre os dias 22 e 24 de julho, na cidade de Castro.
Na avaliação do presidente da FPRBCR, Ben Hur Chiconato, a etapa teve pleno êxito. Ele elogiou a organização da cidade sede, e afirmou que os jogos tiveram ótimo nível técnico. "Todas as equipes apresentaram evolução em relação a 2015. Mesmo Castro, que possui um trabalho renovado, além de surgir com novos atletas, apresentou nítido crescimento", avaliou o dirigente. Sobre a questão da importação dos jogadores, Chiconato entende que este é um processo natural dentro do esporte de rendimento. "Cada equipe faz o que bem entende com o dinheiro que possui para investir no basquete em cadeira de rodas. Não tem sentido não permitir que haja a contratação de jogadores, uma vez que este é um expediente normal nos melhores campeonatos do país. Pode ser sim, que o jogador que venha de fora tome o espaço de um atleta local, mas este é um risco que cada time tem que assumir. Saber trabalhar com esta situação também faz parte do cuotidiano das equipes", acrescenta Chiconato.
Ele afirma que houve uma grande evolução em relação a 2013, quando a FPRBCR lançou seu primeiro campeonato oficial. "Era mais uma confraternização de jogadores do que propriamente um campeonato. Muitos vinham para passear e se divertir. Agora o que percebe-se é foco na competição. Os atletas se aprimoraram e os técnicos também", resume o presidente. No entanto ele alerta: "se mal administrada, a importação pode gerar grandes prejuízos em médio prazo, até mesmo com a extinção de equipes. É necessário ter controle sobre isso, para que nossos campeonatos não saiam em prejuízo, pois hoje dependemos do número de equipes para fazer uma boa competição, e para isso é necessário pensar também no futuro, formando novos jogadores dentro das cidades que possuem esta modalidade", finalizou Ben Hur.
Confira abaixo os resultados da 1a. Etapa, e como está a classificação parcial do campeonato.
Jg.
|
Equipe A
|
x
|
Equipe B
|
||
01
|
Duque/ADFP/Fênix
|
65
|
X
|
18
|
ADFG/Lobos/Guarapuava
|
02
|
UDF/Harpia
da Fronteira
|
62
|
X
|
48
|
Kings/Sicob/Maringá
|
03
|
Cascavel/Unimed/APAC
|
44
|
X
|
35
|
Tubarões/MM/Fundesp/LDPG
|
04
|
Caramuru/Castro/Falcão
|
12
|
X
|
36
|
Pinguins
do Sul/Pinhais
|
05
|
Kings/Sicob/Maringá
|
49
|
X
|
21
|
ADFG/Lobos/Guarapuava
|
06
|
Duque/ADFP/Fênix
|
19
|
X
|
31
|
Cascavel/Unimed/APAC
|
07
|
Caramuru/Castro/Falcão
|
20
|
X
|
35
|
ADFG/Lobos/Guarapuava
|
08
|
UDF/Harpia
da Fronteira
|
34
|
X
|
45
|
Tubarões/MM/Fundesp/LDPG
|
09
|
Kings/Sicob/Maringá
|
33
|
X
|
51
|
Pinguins
do Sul/Pinhais
|
10
|
Duque/ADFP/Fênix
|
71
|
X
|
20
|
Caramuru/Castro/Falcão
|
11
|
UDF/Harpia
da Fronteira
|
35
|
X
|
48
|
Cascavel/Unimed/APAC
|
12
|
Pinguins
do Sul/Pinhais
|
33
|
X
|
50
|
Tubarões/MM/Fundesp/LDPG
|
13
|
Duque/ADFP/Fênix
|
57
|
X
|
44
|
UDF/Harpia
da Fronteira
|
14
|
Cascavel/Unimed/APAC
|
55
|
X
|
29
|
Kings/Sicob/Maringá
|
Classificação parcial
Equipe
|
Pts
|
Jogos
|
Vit
|
Der
|
Pró
|
Contra
|
Saldo
|
|
01
|
Cascavel/Unimed/APAC
|
08
|
04
|
03
|
-
|
178
|
118
|
60
|
02
|
Duque/ADFP/Fênix
|
07
|
04
|
03
|
01
|
212
|
113
|
99
|
03
|
Tubarões/MM/Fundesp/LDPG
|
05
|
03
|
02
|
01
|
130
|
111
|
19
|
04
|
Pinguins do Sul/Pinhais
|
05
|
03
|
02
|
01
|
120
|
95
|
25
|
05
|
UDF/Harpia da Fronteira
|
05
|
04
|
01
|
03
|
175
|
198
|
-23
|
06
|
Kings/Sicob/Maringá
|
05
|
04
|
01
|
03
|
159
|
189
|
-30
|
07
|
ADFG/Lobos/Guarapuava
|
04
|
03
|
01
|
02
|
74
|
134
|
-60
|
08
|
Caramuru/Castro/Falcão
|
03
|
03
|
-
|
03
|
52
|
142
|
-90
|
A curto prazo essa prática de importar jogadores não se sustenta, além de não acrescentar nada às equipes. Resulta que os atletas locais sentem-se preteridos em relação à valorização exacerbada de quem vem de fora, fazendo com que a equipe se desfaça ao longo do tempo. É necessário rever essa prática, posto que não acrescenta nada em relação ao desenvolvimento do basquete em cadeira de rodas no Paraná, tanto que não tem nenhuma equipe que se destaque no cenário regional, quem dirá no nacional. Cascavel, sem os jogadores importados, não conseguia manter o nível de jogo, identificando que a equipe é extremamente dependente dos atletas importados. No ano passado, fizeram um trabalho interessante, tanto que conquistaram a série B. Contudo, a ânsia de resultados em curto prazo atropela qualquer tipo de planejamento. Aos poucos, as demais equipes, que possuem pouco recurso, vão deixar de participar, inviabilizando o próprio campeonato.
ResponderExcluirOlá Mariano. Em resposta ao seu comentário devo dizer que discordo do seu ponto de vista. Acredito que o intercâmbio com jogadores de outros lugares traz um grande benefício aos jogadores locais (pelo menos os que de fato querem aprender algo). O Basquete sobre rodas de São Paulo cresceu dessa forma se tornando o maior do Brasil trazendo os principais jogadores do Brasil, principalmente do Nordeste. Quando fizemos o podcast com o Ben Hur, eu disse isso a ele - o Paraná vai passar SP como o Campeonato mais importante do Brasil quando conseguir grana suficiente para promover um intercâmbio maior com outros lugares. Foi um grande passo que Cascavel deu - espero que mantenham o nível nos próximos anos.
ExcluirAlém de esquecer do placar no campeonato, o Ben Hur errou na tabela de classificação. A perda da invencibilidade dos Tubarões vem causando estragos!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
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